Os políticos do Centrão estão alinhados com Bolsonaro, que vai tentar a reeleição, mas a sua estratégia está orientada para o lançamento de uma campanha eleitoral que permita manter ou mesmo ampliar o seu poder no Congresso. Eles já controlam o orçamento – o “Posto Ipiranga” já não existe mais em uma bomba de gasolina – e vão utilizá-lo para a conquista de votos para as suas bancadas federais e estaduais. A presidência da República é secundária nos seus planos, porque vão se alinhar a qualquer que seja o eleito. Para o Centrão, o que importa é que o governo, seja quem for o presidente, continue submetido à sua vontade no Congresso Nacional, no sistema presidencialista de coalizão – nem presidencialista nem parlamentarista – vendendo a governança a elevados preços de favores e corrupção.
Enquanto os eleitores, cada um com seu candidato, acham que vão mudar o Brasil quando eleger o novo presidente da República, o Centrão e outros partidos oportunistas vão consolidando sua base política no Congresso. Está na hora de o eleitorado despertar para a importância do Congresso nas decisões sobre o futuro do Brasil, escolhendo seus candidatos a deputado e senador com cuidado redobrado. O Brasil não pode continuar nas mãos deste grupo de malandros e tapeadores que compõe o Centrão.
Recife, 21 de janeiro de 2022.
Revista Será?
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